João Paulo II, Karol Wojtyla (1920-2005), será proclamado beato no próximo dia 1 de maio e apresentado aos católicos como modelo de vida e intercessor junto de Deus.

A cerimônia de beatificação vai ser presidida pelo seu sucessor, Bento XVI, acontecimento que o Vaticano considerou "sem precedentes", com paralelo apenas na Idade Média.

Na história da Igreja Católica nunca um Papa beatificou o seu antecessor, ainda que as regras para estas cerimônias, como hoje as conhecemos, tenham sofrido alterações significativas ao longo dos séculos.

Este rito da beatificação constitui a penúltima etapa no processo de canonização, mediante o qual um cristão é declarado santo e se alarga a sua veneração a todas as nações.

Para as gerações que puderam acompanhar o pontificado de João Paulo II, este evento é rico de significado, uma vez que se trata de uma figura de profunda influência positiva, por meio da difusão de valores relacionados à busca da santidade numa cultura global em constante mudança.

Dom Pedro Carlos Cipolini afirma que "este papa se empenhou em muitas frentes para anunciar o Evangelho numa época conflitiva. O breve século vinte de fato foi um século de conflitos e mudanças substanciais. Seriam várias as virtudes e dons que poderíamos ressaltar na personalidade e atuação de João Paulo II. Eu ressalto aqui o que me pareceu uma marca sólida de sua personalidade: a busca da santidade. O papa João Paulo II resgatou para a Igreja e o Mundo a busca da santidade como vocação dos fiéis cristãos".