Qual a importância da CF sobre Juventude?

Via Jovens Conectados

Com a Campanha da Fraternidade em 2013 focada na juventude, a Igreja do Brasil abrirá ainda mais o coração para a novidade que os jovens sempre trazem. É o que pensa Dom Eduardo Pinheiro da Silva, presidente da Comissão Episcopal para a Juventude, que propôs o tema escolhido pelo Conselho Permanente da CNBB. O bispo-auxiliar de Campo Grande comemorou a escolha e a mobilização dos jovens, que, num prazo de quatro meses, recolheram em todo o país quase 300 mil assinaturas na petição encaminhada aos bispos em apoio ao tema.



Dom Eduardo, qual a importância da escolha desse tema da Campanha da Fraternidade de 2013 para a juventude e para a Igreja do Brasil?

Teremos um ano todinho direcionado, voltado à juventude. A campanha é muito mais abrangente dentro desse ano de 2013, especialmente com várias outras atividades que estamos organizando com relação à juventude. Os jovens vão se beneficiar com as respostas concretas que o episcopado, que a Igreja lhe dará. E a Igreja vai se beneficiar porque vai abrir mais o ouvido, o coração, as portas para a novidade que a Juventude sempre traz.


Que questões específicas da juventude poderão ser tratadas durante a campanha?

Uma das questões certamente é o valor da vida dos jovens. Devemos fazer com que eles percebam seu grande valor e despertar os adultos para essa valorização, para um olhar positivo diante dos jovens. Precisamos mostrar nossa voz na sociedade, em vista da questão da vida dos jovens e da dignidade da vida, na luta por políticas públicas relacionadas à juventude, favorecendo assim uma maior qualidade de vida dos jovens, que em muitos lugares está sendo dizimada por violências físicas, pelas drogas, etc. As drogas são outro elemento que devemos tocar. Outra questão é a família. Nós sabemos o quanto esse valor fundamental na vida de uma pessoa está sendo deteriorado por certas filosofias de vida ou por pontos de vista que não condizem com uma formação integral. Acredito que vai ser uma oportunidade boa para tratar disso.


Como o senhor espera que seja a participação dos jovens na campanha?

A participação dos jovens certamente deverá ser contemplada desde a construção do texto-base, quem sabe. É um texto que precisa de uma qualidade técnica e de uma participação de vários pontos de vista. E também esperamos que a campanha seja vivida na comunidade, nas paróquia, na base. Acreditamos que toda essa presença, esse contato que temos com pastorais da juventude, movimentos, novas comunidades, etc., nós conseguiremos fazer com que essa campanha seja mais vivenciada nas bases, porque o jovem está lá e temos certeza de que ele vai assumir isso de coração.


Houve uma intensa participação dos jovens coletando assinaturas na petição pelo tema da juventude na Campanha da Fraternidade de 2013. Qual foi a importância desse trabalho?

O valor primeiro é essa adesão a uma proposta que fizemos. Foram praticamente quatro meses de campanha para recolher quase trezentas mil assinaturas! Isso significa que temos um povo que realmente deseja esse tema e que está ligado à juventude. Esse número é muito significativo pelo pouco tempo que tivemos. Enquanto eram coletadas assinaturas, ouvi várias histórias. Várias vezes me abordaram dizendo “Olha, nós já entregamos a ficha lá na CNBB”. Outras pessoas vieram entregar as assinaturas pra mim, e peguei e encaminhei. Senti que o pessoal estava contente com isso. Uma vez um padre me telefonou de uma cidade perguntando: “Dom Eduardo, juventude é um tema tão importante. O senhor acha que precisa coletar assinaturas para os bispos se convencerem?” Eu disse: olha, não é que o número de assinaturas vai contar como se fosse a maior força, mas é para haver já um envolvimento, a conscientização sobre um tema tão querido. Só o fato de o pessoal sair por aí recolhendo adesões, falando de juventude, já é uma propaganda muito importante para o tema. Com isso, nós podemos dizer que a campanha já começou.

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